1. Leia atentamente o texto a seguir:
“A denúncia de que pessoas com propósitos políticos se infiltraram na paralisação dos caminhoneiros para atacar a democracia brasileira provocou repulsa geral e imediata e manifestações veementes em defesa da Constituição. A mensagem não faz parte da pauta de reivindicações dos caminhoneiros, mas pôde ser vista em algumas manifestações durante a greve: infiltrados que se aproveitam do momento para pedir a volta do autoritarismo.
A reação é enfática e vem de todos os setores da sociedade civil. O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso afirma que intervenção de militares fere a democracia e é impensável nos dias atuais, qualquer que seja o tamanho da crise.
‘Eu acho que momentos de dificuldades, como esse que nós estamos vivendo, testam as nossas convicções e os nossos princípios. Acho que a democracia foi a grande conquista da nossa geração. Eu não acho que, por uma turbulência circunstancial, nós devamos cair em tentações autoritárias nem tentar repetir como videoteipe uma história ruim. Portanto, os que defendem a volta da ditadura precisam saber que cometem um equívoco histórico e uma traição com as pessoas que lutaram pela democracia que nós hoje temos no Brasil. E que com as ditaduras normalmente vêm a tortura, a censura e a perda das liberdades públicas’.” g1.globo.com. Acesso em: 29/05/2018
Segundo os debates realizados em sala e o texto acima:
a) Segundo o texto, a intervenção militar é uma manifestação democrática, conquista de uma geração que viveu sob a égide da ditadura militar.
b) Assim como a década de 20 e 30, na Alemanha, viu surgir ideias extremistas como nazismo propositando-se combater a crise generalizada, determinados grupos se apoiam na ideia do militarismo como solução para os problemas enfrentados pelo Brasil.
c) Segundo o texto, a paralisação dos caminhoneiros tem como uma de suas principais pautas a intervenção militar.
d) Apesar de vários setores da sociedade se apoiarem na ideia do intervencionismo militar, o STF, apenas, tido como “defensores da Constituição” manifestou posição contraria a reivindicação.
e) A ideia do rompimento democrático é característico do Ocidente. Hitler, Mussolini entre outros ditadores somente alcançaram o poder por meio de golpe de estado.
2.
A charge anterior reflete um momento crucial do período entreguerras, onde a burguesia capitalista faz, em alguns países da Europa, a opção por salvaguardar a sua posição de classe dominante a qualquer custo. Este momento pode ser traduzido por um(a):
a) receio com relação ao avanço da classe trabalhadora e uma tentativa de responder ao colapso econômico do sistema capitalista.
b) receio com relação aos avanços do comunismo e do pensamento liberal de base keynesiana.
c) receio da intromissão norte-americana nos assuntos nacionais, o que levaria a burguesia desses países a uma subordinação ao capital norte-americano.
d) tentativa de impedir a deterioração das economias nacionais a deter o avanço de ideologias de cunho liberal-autoritário.
e) tentativa de frear o sucesso da socialdemocracia alemã e italiana que apontava para possibilidades de uma melhor distribuição da renda nacional.
3. [...] todo cruzamento de dois seres de valor desigual dá como produto um meio termo entre os valores dos pais [...] Tal ajuntamento está em contradição com a vontade da natureza, que tende a elevar o nível dos seres. Este objetivo não pode ser atingido pela união de indivíduos de valores diferentes, mas só pela vitória completa e definitiva dos que representam o mais alto valor. O papel do mais forte é o de dominar e não o de se fundir com o mais fraco, sacrificando assim sua própria grandeza.” (Mein Kampf)
Hitler expressava que:
a) a necessidade de preservação da raça pura justificava o domínio e a eliminação das demais raças e a expansão da Alemanha.
b) o racismo e o autoritarismo serviriam para defender a elevação da raça pura eslava e o extermínio dos judeus.
c) o movimento nacional-socialista desaprovava o antissemitismo e o aperfeiçoamento genético através da eugenia.
d) os alemães eram superiores e a raça ariana inferior, justificando, desse modo, o espaço vital.
e) o mito da superioridade da raça ariana servia para que os nazistas estimulassem o internacionalismo e o liberalismo.
4. Em suas memórias, o escritor Stefan Zweig descreveu este retrato sombrio do período entre guerras: "Que época bárbara, anárquica e inverossímil foi a dos anos em que com a perda do valor do dinheiro, todos os outros valores na Áustria e na Alemanha decaíram. Foi uma época de êxtase entusiástico e fraudes ousadas, foi um misto de sofreguidão e de fanatismo. Tudo o que era extravagante e inverificável teve então a sua época áurea... Tudo o que prometia excitações máximas, superiores às até então conhecidas, toda espécie de veneno inebriante, (...) tiveram grande saída; nas peças teatrais o incesto e o parricídio, na política o comunismo e o fascismo constituíam a temática extrema e a única desejável; toda espécie de normalidade e moderação, ao contrário, era absolutamente condenada. (...) Sob a superfície aparentemente calma a nossa Europa estava cheia de correntes perigosas." (ZWEIG, Stefan. "O mundo que eu vi - minhas memórias". Rio de Janeiro, Ed. Guanabara, 1942.) Nesse relato, podemos identificar
I - um sentimento de perplexidade, angústia e impotência frente ao caos econômico descrito, vivido pelos países perdedores da Primeira Guerra Mundial.
II - o apoio ao nazismo e a crítica ao comunismo como solução para fazer frente a esse caos.
III - a identificação do irracionalismo como um dos componentes dessa crise.
IV - o sentimento de que a crise econômica era vivida igualmente como uma crise de valores.
V - a afirmação de que valores morais foram preservados frente à crise econômica.
Das afirmações anteriores, são corretas
a) I, II e V
b) II, III e IV
c) II, III e V
d) I, III e IV
e) II, IV e V
5. Qual o nome da política da ditadura que governou a Alemanha de 1933 a 1945?
a) Liberalismo
b) Comunismo
c) Patriotismo
d) Nazismo
e) Fascismo
6. A crise de 1929 e dos anos subsequentes teve sua origem no grande aumento da produção industrial e agrícola, nos EUA, ocorrido durante a 1ª Guerra Mundial, quando o mercado consumidor, principalmente o externo, conheceu ampliação significativa. O rápido crescimento da produção e das empresas valorizou as ações e estimulou a especulação, responsável pela "pequena crise" de 1920-21. Em outubro de 1929, a venda cresceu nas Bolsas de Valores, criando uma tendência de baixa no preço das ações, o que fez com que muitos investidores ou especuladores vendessem seus papéis. De 24 a 29 de outubro, a Bolsa de Nova York teve um prejuízo de US$ 40 bilhões. A redução da receita tributária que atingiu o Estado fez com que os empréstimos ao exterior fossem suspensos e as dívidas, cobradas; e que se criassem também altas tarifas sobre produtos importados, tornando a crise internacional. (RECCO, C. História: a crise de 29 e a depressão do capitalismo. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u11504.shtml>. Acesso em: 16 set. 2018. (com adaptações).)
Os fatos apresentados permitem inferir que:
a) as despesas e prejuízos decorrentes da 1ª Guerra Mundial levaram à crise de 1929, devido à falta de capital para investimentos.
b) o significativo incremento da produção industrial e agrícola norte-americana durante a 1ª Guerra Mundial consistiu num dos fatores originários da crise de 1929.
c) a queda dos índices nas Bolsas de Valores pode ser apontada como causa do aumento dos preços de ações nos EUA em outubro de 1929.
d) a crise de 1929 eclodiu nos EUA a partir da interrupção de empréstimos ao exterior e da criação de altas tarifas sobre produtos de origem importada.
e) a crise de 1929 gerou uma ampliação do mercado consumidor externo e, consequentemente, um crescimento industrial e agrícola nos EUA.
7. Na história dos EUA, New Deal e Pearl Harbour, indicados no gráfico, referem-se, respectivamente, aos seguintes fatos históricos:
a) política intervencionista do Estado na Economia e a retirada dos EUA da 2a Grande Guerra.
b) adoção, pelo Estado, de um programa de recuperação econômico-social do país e o ataque japonês à base aeronaval norte-americana.
c) marco inicial do agravamento da crise econômica dos EUA e a vitória dos EUA contra o Eixo.
d) política econômica que desencadeou a grande recessão de 1938 e o início do programa de criação de frentes de trabalho para portuários.
e) estado de pleno emprego e bem-estar social e o agravamento da crise de desemprego em consequência da entrada dos EUA na Guerra.
8. O período entre guerras (1918-1939) foi marcado:
a) pela vitória das ideias liberais, pelas democracias na Europa, pela crise econômica nos EUA, devido aos grandes gastos com a Primeira Guerra Mundial.
b) pela rápida recuperação da Alemanha, uma das nações perdedoras na Primeira Guerra Mundial, graças ao Plano Marshall implantado pelos Estados Unidos.
c) pelo gangsterismo nos EUA devido à Lei Seca, pelo surgimento de regimes totalitários, como o Nazismo e o Fascismo, pelo crescimento da intolerância e do racismo.
d) pelo grande crescimento científico ocorrido principalmente com a Primeira Guerra Mundial. O homem descobriu novos remédios, como a penicilina, e a força atômica, usada pela Alemanha na Segunda Guerra Mundial.
e) pela “belle époque”, os chamados anos dourados, pela vida luxuosa da burguesia europeia, enriquecida com a Primeira Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, a miséria devastava a Rússia, o que a levou à 1ª revolução socialista da História.
GABARITO
B
A
A
D
D
B
B
C