1. As Guerras Civis Religiosas do século XVI na França favoreceram o fortalecimento do poder absoluto dos monarcas da dinastia Bourbon, que reinaram do século XVI ao XVIII e parte do XIX. Assinale a única alternativa errada no que se refere ao absolutismo real na França:
a) Luís XIII, filho de Henrique IV e Maria de Médicis, teve longo reinado, sendo muito ajudado pela hábil política do Cardeal Richelieu.
b) Luís XIV marcou o auge do absolutismo real, mandou construir o suntuoso Palácio de Versalhes e continuou, através de Colbert, a aplicar o mercantilismo no plano econômico.
c) Na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), sob o rei Luís XV, a França vitoriosa tomou aos ingleses partes da Índia e, na América, a enorme região da Louisiana.
d) Na Guerra de Sucessão da Espanha (1701-1713), França e Espanha lutaram contra uma coligação europeia. Os tratados de Utrecht e Rastadt definiram a paz. A França perdeu para a Inglaterra a Terra Nova e Acádia e a Espanha perdeu Gibraltar, ainda em poder daquela potência insular.
e) Henrique IV fundou a dinastia de Bourbon e pacificou a França, tendo os protestantes (huguenotes) alcançado liberdade de culto e o domínio sobre várias cidades fortificadas, nos termos do Edito de Nantes (1598).
2. A frase de Luiz XIV, "L'Etat c'est moi" (O Estado sou eu), como definição da natureza do absolutismo monárquico, significava:
a) a unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma Igreja Francesa (nacional);
b) a superioridade do príncipe em relação a todas as classes sociais, reduzindo a um lugar humilde a burguesia enriquecida;
c) a submissão da nobreza feudal pela eliminação de todos os seus privilégios fiscais;
d) a centralização do poder real e absoluto do monarca na sua pessoa, sem quaisquer limites institucionais reconhecidos;
e) o desejo régio de garantir ao Estado um papel de juiz imparcial no conflito entre a aristocracia e o campesinato.
3. Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis, pois que "os fins justificam os meios." Professou suas ideias na famosa obra:
a) "Leviatã"
b) "Do Direito da Paz e da Guerra"
c) "República"
d) "O Príncipe"
e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras"
4. O florentino Nicolau Maquiavel (1469 - 1527) rompeu com a religiosidade medieval, estabelecendo nítida distinção entre a moral individual e a moral pública. Em seu livro "O Príncipe" preconizava que:
a) o chefe de Estado deve ser um chefe de exército. O Estado em guerra deve renunciar a todo sentimento de humanidade... O equilíbrio das forças está inscrito nos tratados. Mas os chefes de Estado não devem hesitar em trair sua palavra ou violar sua assinatura no interesse do Estado.
b) somente a autoridade ilimitada do soberano poderia manter a ordem interna de uma nação. A ordem política internacional é a mais importante; sem ela se estabeleceria o caos e a turbulência política.
c) na transformação do Estado Natural para o Estado Civil, legitima-se o poder absoluto do rei, uma vez que o segundo monta-se a partir do indivíduo, que cede seus direitos em troca de proteção contra a violência e o caos do primeiro.
d) o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus... Os reis... são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê mais longe e de mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor...
e) há três espécies de governo: o republicano, o monárquico e o despótico... A liberdade política não se encontra senão nos governos moderados... Para que não se possa abusar do poder, é preciso que pela disposição das coisas, o poder faça parar o poder.
5. "É praticamente impossível treinar todos os súditos de um [Estado] nas artes da guerra e ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados."
(Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578).
Essa afirmação revela que a razão principal de as monarquias europeias recorrerem ao recrutamento de mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à necessidade de:
a) conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei.
b) completar as fileiras dos exércitos com soldados profissionais mais eficientes.
c) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as demais classes contra o rei.
d) manter desarmados camponeses e trabalhadores urbanos e evitar revoltas.
e) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes entre esta e a nobreza.
6. A destruição do sistema feudal deu origem a uma nova ordem política que tinha como uma das principais características o Estado absolutista. Assinale a alternativa que trata deste Estado.
a) O poder era exercido pela igreja e pelos senhores feudais.
b) Controle das atividades políticas e econômicas nas mãos da burguesia e do proletariado em ascensão.
c) Poder concentrado nas mãos do monarca que chegava a ser confundido com o próprio Estado.
d) Ascensão da nobreza em aliança com os burgueses.
e) Poder concentrado e exercido pelo parlamento com o aval do Rei.
GABARITO
C
D
D
A
D
C