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BRASIL NO EXTERIOR
Missões de Paz
Desde 1945, quando foi fundada, a Organização das Nações Unidas (ONU) realiza operações com a finalidade de ajudar países devastados por guerras a criarem condições para a paz duradoura. Inicialmente, essas missões tinham a função estrita de garantir o cessar-fogo e aliviar tensões sociais. Com o tempo, evoluíram para atender os mais diversos tipos de necessidades de conflitos e panoramas políticos.
O Brasil participa dessas operações desde 1947, quando observadores militares brasileiros foram enviados aos Balcãs. Nas décadas de 1950 e 1960, o País integrou forças internacionais de paz sob a égide da ONU no Oriente Médio, e da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Caribe. Entre 1957 e 1967, o Batalhão de Suez participou da 1ª Força de Emergência das Nações Unidas (Unef 1), com a finalidade de evitar conflitos entre forças egípcias e israelenses. Durante os dez anos em Suez, o Brasil enviou cerca de 6,3 mil homens, exercendo o comando operacional da missão entre janeiro de 1965 e de 1966.
Nas décadas seguintes, o País esteve presente em várias ações nas Américas, na Ásia e na África. Em 1994, uma companhia auxiliou a manutenção da paz em Moçambique. Em setembro de 1995, o Exército brasileiro enviou para Angola mais de mil homens (um batalhão, uma companhia de engenharia e um posto de saúde).
No período recente, militares brasileiros têm atuado como observadores na África, na América Central, na Europa, e na Ásia, e cooperando para a solução pacífica do conflito fronteiriço entre o Equador e o Peru.
A participação em missões de paz trouxe prestígio à política externa do País, aumentando a projeção nacional no cenário mundial. Em várias situações, a coordenação e o comando das operações foram brasileiras, como ocorreu nas missões no Timor Leste (1999 a 2006) e no Haiti (2004).
No primeiro, foram enviados observadores policiais e eleitorais para acompanhar o referendo sobre a independência organizado pela ONU, em 1999. Com a eclosão desencadeada pelos ataques de milícias protegidas pela Indonésia, contrária à independência, foi criada uma força internacional que contou com a participação de brasileiros, e implantada a Administração Transitória para o Timor Leste, chefiada por Sérgio Vieira de Mello.
Em 2004, o Brasil assumiu a liderança da força militar internacional no Haiti no âmbito da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) à frente de contingentes de vários países, no contexto de vacância do poder no país, decorrente da partida do presidente Jean-Bertrand Aristide.
No terremoto que atingiu o Haiti em 2010, resultando na morte de 220 mil pessoas, a Minustath teve um papel fundamental no processo de reconstrução do país, ainda em curso. Após o desastre natural, o Brasil aumentou sua participação na Missão, com um contingente de cerca de dois mil homens, e apoiou – ao lado de Canadá, União Europeia, Estados Unidos, França e Espanha – a realização do processo eleitoral de 2011, quando Michel Martelly foi eleito presidente do país.